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JOÃO WESLEY E AS CRIANÇAS





Como é que João Wesley se relacionava com “os pequeninos” tão

amados e valorizados por Jesus?

Com quase 88 anos de idade, no fim da sua vida, Wesley era homem

famoso. Ao longo dos anos, muitos livros sobre ele têm enfatizado várias

facetas da sua vida e obra. Thomas Coke e Henry Moore publicaram uma

biografia dele em 1792, no ano depois da sua morte, enfatizando “o grande

avivamento da religião na Europa e América da qual ele foi o primeiro e

principal instrumento”. Além de fundador do movimento metodista, ele é

visto como evangelista, reformador social, teólogo, educador, filantropo... a

lista vai longe. Nesse ensaio olhamos uma outra faceta, sua valorização das

crianças.

I . O Presbitério de Epworth

Nosso ponto de partida será seu relacionamento com os seus nove

irmãos e irmãs que chegaram à maturidade, no acolhedor ambiente da casa

pastoral de Epworth onde ele foi criado.

As experiências do presbitério de Epworth influenciaram profundamente as

idéias e práticas de Wesley na relação com as crianças. As únicas crianças

com que João Wesley convivia na infância eram seus irmãos e irmãs.

Também, a sua formação até os dez anos de idade era exclusivamente

familiar, com a excepção de alguns meses depois do famoso incêndio de 9 de

fevereiro de 1709, quando Joãozinho foi salvo como uma “tição tirado do

fogo”. Nesta noite todos os filhos eram distribuídos entre vizinhos. Suzana

Wesley era a mestre-escola de sua família, pois não havia escolas públicas.

Também, sendo descendente de fidalgos, não permitiu que seus filhos

convivessem com os paroquianos.

Devemos notar brevemente algumas das características do lar de Wesley.

Era um lar onde a frugalidade era necessária. O Reverendo Samuel sempre

tinha um ordenado pequeno, e a família aumentava de ano para ano. A este

problema, devemos acrescentar o fato de que o corajoso ministro granjeou má

vontade por parte dos paroquianos. Em parte isso era devido ao fato de ser ele

da classe alta, enquanto seus membros eram pobres e incultos. Mais sério,

porém, é que ressentiam pela condenação dos seus pecados e vícios. Também,

eles não apreciavam o seu ponto de vista político. Em 1702, este

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ressentimento se expressou num incêndio parcial da casa pastoral. Sete anos

mais tarde agiram novamente, apunhalando algum do seu gado, destruindo-lhe

a roça, ameaçado sua vida, e queimando totalmente sua casa. Tudo isso tanto

abalou as finanças da família que 13 anos depois do incêndio, a casa estava

mobiliada somente pela metade, e a família sem roupa adequada. Samuel

Wesley era membro da “Convocação”, o corpo governante da Igreja

Anglicana; este encargo exigia ausências prolongadas da paróquia, durante o

qual ele precisava providenciar um cura para suprir a sua falta.

Apesar das finanças limitadas, conseguiu a melhor educação possível para

seus filhos. Com este acúmulo de dificuldades, não nos surpreendemos com o

fato de que tenha se endividado, e tenha sido lançado na prisão, sendo que a

prisão por dívidas neste tempo era fato comum. É celebre a conversa entre

Susana e o Arcebispo de York: “Dize-me, senhora Wesley, se de fato, jamais

sentiste falta de pão”. “Meu Senhor”, respondeu ela, “para dizer a verdade,

nunca me faltou o pão; mas tenho tido tanto trabalho para arranjá-lo antes de o

comer, e para pagá-lo depois, que muitas vezes ele me é muito amargo e julgo,

que ter-se pão em tais condições se aproxima bem do grau de miséria do que

não tem nenhum”.

Era um ambiente onde se prestigiava o saber. O pai da família era homem

erudito, e terceira geração de diplomados pela Universidade de Oxford. Entre

os seus escritos consta as “Dissertaçoes sobre Jó”, que ele dedicou à Rainha

Carolina. Esta obra é, muitas vezes, ridicularizada por escritores modernos;

porém, conforme escreve McConnell, o livro era apreciado naquele tempo, e

muitos do clero o compraram. A mente da mãe, Susana, se deleitava com

questões teológicas e filosóficas. Pouco antes de atingir seus 13 anos, ela

havia passado em revista toda a matéria em disputa entre os dissidentes e

anglicanos, e optado pela doutrina anglicana. Os filhos herdaram este gosto

pela cultura.

Wesley solicitou à mãe que descrevesse seu método de educação. Ela fez

numa carta de 24 de Julho de 1732 que ele publicou no Diário, sob data de 1

de agosto de 1742, a data da morte da progenitora.

Chegando à idade de 5 anos, cada criança era ensinada a ler; todos menos

Molly e Nancy, aprenderam o alfabeto em um só dia; estas requereriam um

dia e meio. Sua cartilha de leitura era o primeiro capítulo de Gênesis. Samuel,

por exemplo, aprendeu o alfabeto em poucas horas; no dia 11 de fevereiro até

a Páscoa, já lia todo o primeiro capítulo de Gênesis correntemente. Hetty,

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geralmente considerada a mais brilhante da turma, aprendeu o grego aos 8

anos. Marta, teve a infelicidade de casar-se com um homem que veio a pregar

e a praticar a poligamia, mesmo assim, pelo brilho do seu intelecto, fora

convidada para fazer parte do círculo do Dr. Johnson, figura máxima da elite

intelectual da Inglaterra da época.

Era um lar onde a religião era tomada a sério e onde reinava a disciplina.

Certamente não poderia ser de outra forma. Samuel era filho e neto de

pastores dissidentes, e, estudando para o ministério dissidente na famosa

Academia de Stoke Newington, convenceu-se que os Anglicanos tinham

razão. Abandonado a Academia, foi para Oxford onde arrolou-se como “aluno

pobre” no Colégio Exeter. Já vimos como Susana havia deixado a Igreja do

seu pai, por causa da consciência. Descendentes de gerações de pregadores, e,

pessoalmente convictos da realidade da religião, era inevitável o reflexo disto

no seu lar. Dois breves parágrafos da carta já citada bastam para ilustrar o que

queremos dizer:

As crianças da família eram ensinadas, tão logo soubessem falar, a

oração dominical, que tinham que dizer sempre ao levantar e no deitar; a

isso se acrescentava à medida que cresciam, uma curta oração pêlos pais,

algumas coletas, um catecismo menor, e alguma porção da Escritura,

conforme as suas memórias permitissem.

Cedo tiveram que distinguir entre o Domingo e os outros dias, antes

deles poderem falar ou andar. Logo eram ensinadas a ficar quietas no culto

doméstico, e a pedir uma benção imediatamente depois, o que faziam por

sinais, antes de poderem ajoelhar-se ou falar.

Alguns dos bons hábitos se perderam quando, depois do incêndio, os filhos

passaram alguns meses com outras famílias. Para corrigir estas faltas, um

novo regime se instalou: Iniciou-se o costume de cantar salmos ao começar e

ao encerrar a escola de manhã e à tarde. Também o costume do retiro geral foi

iniciado quando o maior se encarregava do menor, o segundo ao penúltimo e

assim sucessivamente lendo diariamente um Salmo ou um capítulo do Novo

Testamento. De manhã, eram instruídos a lerem os salmos e um capítulo do

Antigo Testamento. Depois disto tinham as suas orações particulares, antes de

receber o seu desjejum ou entrar no convívio familiar. A disciplina era rígida,

tão rígida que alguns estudiosos da vida de Wesley tendem a crer que era

completamente falho no elemento de alegria. Porém em uma carta, João

expressa saudades de casa dizendo: “Epworth, que ainda amo acima de todos

os lugares no mundo.”

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Quando faziam um ano eram ensinadas a temer a vara e a chorar

suavemente. Por esse meio eles escaparam uma abundância de correção

que eles teriam de receber de outra forma. ...e assim a família vivia em

silência como se não tivesse uma criança entre eles.... Comiam o que se

colocava diante delas, na hora da refeição, sem ser-lhes permitido comer

ou beber a outra hora, salvo em caso de doença....

O nome de Deus tomado em vão, blasfêmias e juras, profanidade,

obscenidade, nomes rudes e mal-educados nunca se ouviam entre elas.... Entre

as regras do ‘regulamento interno’ constava a seguinte: “que nenhuma ação

pecaminosa, como mentira, pequeno roubo, brincadeira na igreja ou no dia do

Senhor, desobediência, briga, etc passa-se sem castigo.” As horas de

brincadeiras eram regulamentadas.

Sob a mesma data 1742, Wesley transcreveu uma outra carta que Susana

havia escrito ao marido. Ela costumava, uma vez por semana, conversar com

cada um dos filhos separadamente, concernente as coisas de Deus e os seus

interesses espirituais. “Tomo tal proporção do tempo que posso todas as noites

conversar com cada criança à parte... na 5a feira com Joãozinho ...”

Eis alguns dos aspectos do lar em que Wesley foi criado, e as crianças que

eram quase seus únicos companheiros durante os primeiros 10 anos de sua

existência. O método de sua mãe em criar filhos influenciou fortemente no

trabalho que Wesley realizou com crianças mais tarde.

II . O CLUBE SANTO E AS CRIANÇAS

A natureza do “clube santo” é geralmente conhecida. Nas palavras de

Paulo aos Corintios, Carlos Wesley o “plantou” em começos de 1729, quando

João estava em Wroote como cura de seu pai; porém voltando em novembro

para tomar o seu lugar no corpo docente do Colégio Lincoln na Universidade

de Oxford, João “regou”, e Deus deu o “incremento” (I Co 3.6). Jackson

resume uma carta de Carlos Wesley, onde comenta o apelido “Metodista”, nas

seguintes palavras: “Tinha referência à conformidade com o método e as

práticas estabelecidas pelo estatuto da universidade, que ele e os seus amigos

religiosos professavam querer atingir”.

Tomavam a comunhão semanal, e não trimestralmente como os outros

alunos. Porém, quando João chegou ele imediatamente formou o grupo (só de

quatro pessoas) em uma sociedade “para que pudessem, de maneira ainda

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mais regular e sistemática, promover, um do outro, o melhoramento

intelectual, moral e espiritual. Resolveram passar 3 ou 4 noites por semana

juntos, lendo o Novo Testamento em grego e os clássicos gregos e latinos.

Aos domingos, liam teologia”.

Porém esta pequena sociedade literária logo descobriu outros canais para a

sua expressão . Em 1730, Guilherme Morgan visitou no castelo, um réu,

condenado pelo crime de assassinato a sua própria esposa. Impressionado

sobremaneira com a condição dos presos, persuadiu os outros a fazerem visita

sistemática às prisões. Escrevendo para o seu pai com respeito a esta visita,

João Wesley recebeu uma carta em que Samuel escreveu: Valde probo

(Aprovo grandemente), e recorda o seguinte: “quando era acadêmico em

Oxford, visitei no Castelo aí, e me lembro disso com grande satisfação até o

dia de hoje”.

Isso foi o começo de um serviço social de considerável alcance, inclusive a

visita dos pobres, a educação dos seus filhos, etc. Entre as regras do Clube

santo constam as seguintes na forma de perguntas: Será que não podemos

tentar fazer o bem para os que estão famintos? Não podemos contribuir o

pouco que temos para que seus filhos tenham roupa e sejam ensinados a ler?

Não podemos ver se são ensinados sem catecismo as orações curtas para a

manhã e a noite?

Obter-se pormenores desses serviços é difícil, mas há sugestões nas cartas

de vários membros do “Clube Santo”. Um dos mais ativos era Guilherme

Morgan . Na carta acima mencionada, Wesley descreve as atividades dele com

as crianças. Freqüentemente entrava nas casas dos pobres nas vilas ao redor de

Holt, ajuntando as crianças e as instruindo no seu dever para com Deus, ao

próximo, e si mesmas. Explicava-lhes a necessidade de oração privada e

pública e proporcionava-lhes as formas mais apropriadas para as suas

respectivas capacidades; e reconhecendo o quanto do sucesso dos seus

esforços dependia da boa vontade delas, distribuía entre elas um pouco do

dinheiro poupado do jogo e dos outros gastos comuns no lugar (Oxford). Uma

carta de Gambold lança mais luz sobre as atividades de Morgan. Ele gostava

muito de praticar obras de caridade; mantinha várias crianças na escola. É

provável que os outros membros fizessem serviços semelhantes. João Clayton

escreveu das suas atividades dizendo: “A mulher soletra mais ou menos, e

também um dos rapazes... Os rapazes recitam o catecismo até o fim dos

Mandamentos, e podem repetir as orações para crianças da manhã e da tarde,

do Manual de Ken”.

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Além dessas atividades mais esporádicas, os Metodistas de Oxford

estabeleceram uma escola para crianças pobres. Com o seu dinheiro e com

alguma ajuda de fora, pagavam a professora, e até ajudavam a vestir as

crianças. Numa época quando não existiam escolas públicas e quando os

pobres eram esquecidos pela Igreja, Wesley e os seus companheiros se

mobilizaram para ensinar as primeiras letras para os pobres da redondeza,

proporcionado-lhes também os rudimentos da religião, como então a

compreendiam.

Quando os irmãos Wesley, Benjamim Ingham e Carlos Delamotte

embarcaram para Georgia em 14 de outubro de 1735, o Clube Santo não

desapareceu em Oxford. Mas estes quatro jovens estabeleceram uma “filial”

do Clube no Novo Mundo. Por isso, podemos, sem contradição, tratar da

Missão de Georgia como uma fase das atividades do Clube Santo. O Dr. João

Burton, do Colégio de Corpus Christi, que havia apresentado João Wesley ao

General Oglethorpe, fundador da Colônia de Georgia, como possível

candidato, Burton deu valioso conselho ao jovem missionário antes de

embarcar. Aconselhou que não esperasse até chegar em Georgia para começar

a sua obra, pois a viagem oferecia esplendidas oportunidades para o serviço

missionário. De que Wesley aceitou o conselho é ampla testemunha a seguinte

passagem do Diário: Das 9 ás 12 “ Senhor Ingham instruía as crianças ... As 4

da tarde havia oração vespertina quando a segunda lição era explicada ... ou as

crianças eram catequizadas e instruídas, na presença da congregação”

(21/10/1735). É certo que a maior parte do tempo destes “ metodistas” não era

gasta com crianças; os adultos exigiam mais tempo. Mas as crianças não eram

esquecidas.

Em Georgia, João Wesley fora pastor em Savannah, e, por algum tempo,

teve a responsabilidade do cuidado espiritual de todas as almas da colônia.

Carlos Delamotte se dedicava com à educação mas Wesley também se

preocupava com as crianças, como vemos na seguinte citação do Diário:

Um jovem que viera comigo ensinava entre 30 e 40 crianças a ler, escrever

e contar. Antes da escola de manhã, e depois da escola à tarde, ele

catequizava a classe inferior, e tentava fixar algo que disse, na

compreensão. Nos sábados à tarde, eu catequizo todos. O mesmo faço aos

domingos, antes do culto da noite. E na Igreja, logo depois da Segunda

Lição, um número escolhido delas tendo repetido o catecismo, tento

explicar e reforçar aquela parte, tanto a eles como à congregação.

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Fitchett nos conta um incidente que revela muito do caráter do jovem

anglicano. Na escola, os alunos mais pobres iam descalços, e os outros viamnos

com desdém. Para livra-los desse orgulho, o próprio Wesley foi por algum

tempo descalço.

Depois de devidamente preparados, Wesley admitiu quato crianças à Mesa

do Senhor no dia de Pentecostes de 1737. Comenta no Diário. “Espero que o

seu zelo tenha despertado muitos que neste tempo, o Espírito de Deus estava

se movendo sobre as mentes de muitas crianças. Começaram a atender mais às

coisas faladas tanto em casa como na Igreja, e uma notável seriedade apareceu

no seu agir e conversar”.

III. Escolas e Orfanatos

Já tivemos ocasião de notar que Wesley visitara, e ficara profundamente

impressionado pelos orfanatos de Halle e Herrnhutt. Ele transcreveu um

“extrato da Constituição da Igreja dos Irmãos Moravianos de Herrnhutt,

apresentado à ordem teológica de Wirtemberg, no ano de 1735”. O décimosegundo

parágrafo trata do seu orfanato.

No orfanato, mais ou menos 70 crianças são criadas separadas conforme

o sexo, além de que, algumas pessoas experimentadas são nomeadas para

consultar com os pais na educação dos filhos. Para ensinar-lhe o

cristianismo, usamos o catecismo de Lutero, e estudamos para corrigir as

vontades bem como a sua compreensão, achando que quando a vontade se

move, aprendem mais em poucas horas do que em muitos meses de outra

forma. As criancinhas instruímos principalmente por meio de hinos, onde

descobrimos que as verdades mais importantes são insinuadas em sua

mentes.

O Metodismo na Inglaterra se organizou em redor de três cidades,

formando um triângulo: Bristol, Londres e Newcastle-on-Tyne. Em todos

esses centros, estabeleceram-se sociedades fortes, com propriedades amplas,

tendo acomodação para os pregadores, salões que comportavam grandes

auditórios, salas para as classes, círculos, etc. E, em todas as localidades havia

escolas onde as crianças eram ensinadas, e, até um certo ponto, hospedadas.

Além das crianças que recebiam instrução no chamado “Salão Novo” de

Bristol, bem perto se estabeleceu a escola Kingswood para os filhos dos

pobres mineiros de carvão, que se tornaram tão importantes na vida do

Metodismo no seu começo.

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A Escola Kingswood se tornou o objeto de um afeto invulgar; causou-lhe

grandes desapontamentos e não poucas lágrimas; porém o seu amor e interesse

neste empreendimento mantiveram-se firmes até o término da sua carreia.

Whitefield havia sido o primeiro pregador entre os mineiros de Kingswood,

ganhando muitas vidas para Cristo. Logo percebeu e necessidade para

estabelecer uma escola para seus filhos, e iniciou uma campanha financeira.

Porém, como já mencionamos, ele partiu logo deixando a pregação nas mãos

de João Wesley; também entregou-lhe o pequeno fundo e a responsabilidade

de realizar a obra da construção da escola. Um dia o Dr. Church disse a

Wesley, “Tu chamas a Kingswood da tua própria casa.” Wesley respondeu:

“De fato, a saber, o prédio escolar aqui. Pois comprei o terreno onde foi

erguido, paguei a sua construção, em parte de contribuições dos meus amigos,

um dos quais contribuiu com 50 Libras esterlinas; em parte da renda do meu

soldo”. Referindo-se ao começo da construção em Junho de 1739.Wesley

descreve a escola em Novembro do mesmo ano. “Para que os filhos (dos

mineiros) pudessem saber as coisas que fazem a sua paz, resolveu-se, há

algum tempo atras, construir uma casa em Kingswood... Aqui um grande salão

foi começado, com 4 pequenas salas para a acomodação dos mestres-escolas

(e, talvez, se agradar a Deus, algumas crianças pobres) morarem... É verdade

que os mestres não requerem salários, porém o trabalho é acompanhado de

grandes despesas. Mas que Ele que ‘alimenta os corvos’ atenda a isso”.

(Diário, 27/11/1739)

João Cennick, o primeiro pregador leigo do metodismo, fora escolhido

como o primeiro mestre-escola. Além de ministrar os ensinos às crianças da

escola, ele dirigia cultos para membros da sociedade, pois a Escola tornou-se o

centro de grande núcleo metodista. Até a Santa Ceia era ministrada aqui, pois

os Metodistas não eram recebidos à Comunhão nas Igrejas Anglicanas de

Bristol.

Apesar dos erros pedagógicos que eram praticados nesta escola, houve

resultados positivos, tanto no setor da cultura, quanto no de religião. Em 1768,

por exemplo, houve grande evidência do poder de Deus entre os rapazes da

escola. No Diário, do dia 6 de maio do referido ano, Wesley cita frases de

cartas recém-chegadas como as seguintes: “A casa inteira retumba com louvor

e oração, e o pleno comportamento das crianças fala fortemente por Deus”.

Também: “ O derramamento do Espírito sobre as crianças tem sido muito

grande. Creio que não exista nenhuma criança que não seja mais ou menos

alfabetizada. Doze já acharam paz com Deus, e algumas delas de maneira

notável”. Era uma parte dum reavivamento da redondeza, resultando num

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acréscimo de 130 membros à sociedade de Kingswood na escola, onde não só

as crianças e também algumas empregadas foram despertadas, o mesmo se

deu.

O referido despertamento começou com uma pregação de Wesley

enquanto explicava e reforçava “os primeiros princípios de religião.” A

seriedade aqui manifesta foi muito aumentada dois dias depois quando a

maioria assistiu ao ofício fúnebre de Francisco Evans, e o mestre Hindmarsh

reuniu todos e os exortou, cantando o hino que começa “Sou eu nascido para

morrer e deixar este corpo....”

Quando ele começou a orar, algumas das crianças começaram a clamar

e pedir misericórdia. Parece que alguns destes mantiveram-se firmes, mas

outros se esfriaram, até a visita de Ralfo Mather em agosto de 1773, quando o

poder de Deus se manifestou novamente. Nós gostaríamos de saber o

resultado permanente destes avivamentos; podemos ter certeza que nem todas

as crianças ficaram firmes até o fim. Porém, devemos nos lembrar que nem

todos os adultos que dão o “primeiro passo” se integram nas fileiras da Igreja.

Mas aqui queremos enfatizar o fato de que, apesar de toda a dificuldade

que esta Escola trouxe para Wesley, o seu amor para com ela era constante.

Apesar do fato que ele certamente tenha empregado métodos de pedagogia

dos quais discordamos, como por exemplo, a ausência de brincadeiras, ele se

esforçou por mais de 50 anos para que as crianças da Escola tivessem os

valores de verdadeiro ensino numa atmosfera cristã.

O Centro Metodista de Newcastle recebeu o nome “Orfanato”, por

causa de Halle. Também aqui Wesley prodigalizou seu amor e suas energias.

Não contaremos essa história, pois seria quase uma repetição de Kingswood.

Porém, convém mencionar que a sua própria escritura cita o fato de que

providenciaria uma escola para 40 crianças pobres com um professor. No

mesmo local, organizou-se mais tarde, uma “escola diurna mista de

criancinhas” e uma “escola Industrial feminina”.

Vejamos as palavras de Wesley com referência à escola que se abrigava

na “Fundição” de Londres. Muitas crianças não recebiam instrução alguma

por causa da pobreza do país, ou, quando a recebiam, aprendiam junto toda a

espécie de vício e pecado. Portanto Wesley escreveu:

Finalmente resolvi mandar ensiná-las na minha casa (isto é a Fundição),

para que tivessem uma oportunidade de aprender a ler, escrever e contar

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(se não mais) sem serem obrigadas a aprenderem o paganismo ao

mesmo tempo; depois de algumas tentativas sem sucesso, achei 2

mestres-escolas como queria, homens de honestidade e de

conhecimento suficientes, que tinham seus talentos e corações no

trabalho. Têm agora sob seus cuidados mais ou menos 60 crianças; os

pais de algumas pagam seu ensino; porém, a maior parte, sendo bastante

pobres, não pagam, de modo que as despesas são pagas por

contribuições voluntárias. Ultimamente temos vestido também, a todas

quantas necessitassem. Uma feliz mudança foi logo observada no seu

comportamento. Aprenderam a ler, escrever e contar logo; ao mesmo

tempo eram diligentemente instruídas nos princípios básicos da religião,

e exortados a temer a Deus e [operar sua salvação]. (Fl 2.12)

O Mestre que Wesley descobriu era Silas Told; ele abandonou seu

negócio para ganhar 10 xilins por semana como professor. Logo ajuntou 60

rapazes e 6 meninas. Durante 7 anos trabalhou desde as 5 da manhã até às 5 da

tarde, durante o qual lecionou umas 300 crianças, preparando a maioria para o

ofício útil.

A obra educativa e caritativa começada por Wesley jamais teve fim. Na

Inglaterra hoje em dia há umas 130 escolas Metodistas, e 40 orfanatos

abrigando 4.000 órfãos. A mesma história se repete por todo o mundo onde o

Metodismo tem se estabelecido.

Além das escolas mantidas pelo próprio Wesley havia um número delas

dirigidas por moças ou senhoras, metodistas ou simpatizantes pelas quais ele

se interessou. Ele mantinha correspondência com as mestras, dando sugestões

sobre o ensino, ou encorajamento e apoiando o trabalho. Wesley visitava estas

escolas quando possível. Por exemplo, seu Diário nos informa de visitas que

fez a uma escola mantida por Lady Maxwell, perto de Edinburgh, Escócia,

onde 40 alunos aprendiam “a ler e escrever” e “os princípios da religião”.

Lemos da escola da Senhorita Owen, de Publow, cuja existência era devida ao

encorajamento dado por ele. Ela limitava a matrícula a mais ou menos 20

alunos. Numa ocasião, depois, da pregação de Ralph Mather, entre os 21

alunos matriculados nesta escola, 20 tiveram uma experiência de religião. A

Senhorita Bosanquet havia estabelecido um orfanato em Leytonstone, e achou

uma escola verdadeiramente cristã; isto é o que Kingswood seria, se tivesse

tais dirigentes. Mencionamos mais um exemplo, a escola da Senhorita Bishop:

Wesley disse, “É digna de ser chamada uma escola cristã”.

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IV. Escolas Dominicais

A parte notável do Metodismo no desenvolvimento das Escolas

Dominicais merece a nossa atenção. Porém, antes de Ana Ball, fundadora da

primeira Escola Dominical, Wesley havia providenciado cuidado especial

para as crianças das Sociedades Metodistas. Wesley organizou, onde possível

nas sociedades espalhadas por toda a Inglaterra, “classes” para as crianças, ou,

pelo menos, reuniões especiais para elas. Ele reconhecia a dificuldade de tais

reuniões, porém insistia com seus pregadores para que a efetuassem. Na

Conferência de 1770, esta recomendação foi renovada. Wesley descobriu na

Escola Dominical o instrumento perfeito para a instrução das crianças.

Podemos afirmar que uma das partes mais valiosas da herança

metodista para o mundo é a Escola Dominical. Não só porque Ana Ball, uma

líder Metodista da Sociedade Metodista de High Wycomb, organizou sua

escola em 1769 mais de uma década antes daquela de Roberto Raikes.

Também a mão Metodista é mui evidente na fundação da escola do próprio

Raikes. Num determinado dia 1781, Raikes estava conversando com uma

moça metodista (Sofia Cookes), mais tarde a esposa de Samuel Bradburn,

pregador leigo. Ele olhou e viu um grupo de crianças negligenciadas que

andavam na rua. Perguntou ele: “Que podemos fazer por elas?” A sua resposta

acertada foi: “Vamos ensina-las a ler e levá-las à Igreja”. Seguiram esta

sugestão no Domingo seguinte. Muitos riram-se da processão de um jornalista,

uma moça e uma turma de moleques em farrapos. Conseguindo regular

sucesso com a experiência, Raikes mencionou algo da sua Escola Dominical

no seu Jornal, em 3 de Novembro de 1783; no ano seguinte, escreveu mais

pormenores do seu plano. Mais uma vez notamos a parte do metodismo nos

primeiros anos da Escola Dominical; pois Wesley transcreveu na Revista

Armeniana, uma revista lida por metodistas e outros por toda Grã-Bretanha, o

artigo todo de Roberto Raikes, recomendando que os pregadores metodistas

estabelecessem tais escolas.

Numa carta dela a Wesley em 1770. Ana escreve: “As crianças se

reúnem duas vezes por semana, aos domingos e segundas-feiras. É um grupo

meio-selvagem, mas parece receptivo à instrução. Trabalho entre eles com a

ânsia de promover os interesses de Cristo”.

A Escola Dominical de Bolton mereceu a atenção especial de Wesley.

Na sua primeira visita à Escola, verificou o seguinte: “A casa estava repleta,

principalmente por causa de 550 crianças que são instruídas em nossas

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Escolas Dominicais. Tamanho exército cercou-me de tal maneira que mal

pude sair da capela”. Parece que foi nesta ocasião que pregou, do Salmo

34:2, um sermão para as crianças, não usando nenhuma palavra de mais de

duas sílabas. Visitando a Escola no ano seguinte, Wesley descobriu que a

matrícula era de 800 crianças pobres com um corpo docente de 80”. O ano

seguinte Wesley escreveu: “Mais ou menos às 15 horas, reuni entre 900 e

1000 crianças pertencentes as nossas Escolas Dominicais. Nunca vi tal cena

antes. Estavam todas limpas e vestidas com simplicidade, sérias e bem

comportadas. Quando cantaram em conjunto, ninguém desafinou e a melodia

era melhor do que a de qualquer teatro. E, o que é melhor de tudo, muitos

verdadeiramente temem a Deus e alguns se regozijam na sua salvação. São

modelos para a cidade inteira. Ele escreveu na Armenian Magazine sobre a

Escola em apreço: “As crianças são transformadas nas suas maneiras de agir e

na moral. São ensinadas a ler e a escrever. Mais ou menos 100 são ensinadas a

cantar. Os mestres enfatizam o amor de Deus. Cada classe é instruída

separadamente, cada Domingo, sobre a natureza da religião”.

De acordo com o seu gênio, Wesley viu o valor deste ramo de educação.

Numa carta, descreveu as Escolas Dominicais como “uma espécie de caridade

mais nobre que se estabeleceu desde o tempo de Guilherme, o Conquistador”.

Via que seria um excelente instrumento para o reavivamento da religião por

toda parte da nação. Depois de uma visita à Escola Dominical

Interdenominacional de Bingley, Wesley escreveu no Diário: “tantas crianças

(240) numa paróquia são impedidas da prática de pecados, e ensinadas nas

boas maneiras, pelo menos, bem como a ler a Bíblia. Por onde quer que eu

ande, encontro destas escolas nascentes. Quem sabe se Deus não tem um

propósito mais profundo para elas do que os homens reconhecem? Quem sabe

se algumas delas serão sementeiras para os cristãos?” Ele escreveu uma carta

encorajadora a Carlos Atmore, que acabara de estabelecer uma Escola

Dominical em Newcastle, dizendo que a considerava “uma das melhores

instituições vistas na Europa por alguns séculos.”

Uma parte do gênio de Wesley se ilustra pelo fato de ter ele visto neste

grupo “meio selvagem mas receptivo à instrução” as sementes para um

movimento que proporcionaria os ensinos religiosos para as grandes massas

do mundo.

Se podemos afirmar que Wesley desconhecia a psicologia da criança,

nunca podemos dizer que faltasse amor pelas crianças. Especialmente nos

últimos volumes do Diário, quando Wesley havia atingido uma venerável

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idade e quando a “neve das décadas havia alvejado os seus cabelos”, notamos

um interesse e uma ternura pelas crianças que são tocantes. Em fevereiro de

1770, Wesley estava lendo “Emile, ou de l’Education” de Rousseau, onde

discorda com o francês que afirmava “criancinhas nunca amam os velhos”.

Quem sabe estava lembrando a sua própria experiência com os “netos”

quando diz: “Não! Será que nunca amam os seus avós? Muitas vezes mais do

que os próprios pais”. E, com grande sabedoria, comenta ainda: “Deveras, elas

amam a todos que as amam”.

Wesley demostrava verdadeiro afeto pêlos sobrinhos, filhos de Carlos,

bem como a filha da sua esposa (Mary Vazeille), que tratava como verdadeira

filha, junto com a família dela. Não sabemos muito sobre a intimidade entre o

tio e os sobrinhos, filhos de Carlos. Mas João seguiu com algum interesse a

carreira musical que desabrochava em Carlos Filho e Samuel, que eram

verdadeiros prodígios. Podemos desculpar o orgulho de pai que Carlos mostra

nesta linha do narrativo referindo-se a Carlos filho com 2 anos e meio. “Ele

me surpreendeu por tocar uma melodia no cravo com felicidade e a tempo”.

Samuel, que era pouco mais atrasado, só aprendeu tocar aos 3 anos! Mas já

compunha melodias aos 5 e 6 anos, antes de saber escrever; compôs um

oratório inteiro aos 8 anos! Em reconhecimento ao seu talento, João Wesley

presenteou o sobrinho Carlos com 3 volumes da música da catedral de Dr.

Boyce, que mais tarde foi professor dele. Mais adiante, quando estavam

morando em Londres, começaram os dois a dar mensalmente concertos na sua

casa onde assistia a “elite” da cidade. No segundo ano, o tio João passou “uma

hora agradável” ouvindo a música dos seus sobrinhos; na ocasião encontrou-se

entre os assistentes com o seu velho amigo General Oglethorpe.

Sabemos que Sara, filha de Carlos, acompanhou o velho tio na viagem

para Holanda em 1783 quando o venerável pregador tinha quase 80 anos. A

rua estava cheia de crianças, que corriam para cá e para lá ao redor de Wesley.

Depois da pregação, todas as crianças cercaram-no. Wesley testifica que “não

ficaram satisfeitas antes de eu apertar a mão de cada uma delas” (5/04/1782).

O fato de um homem que considerava cada momento de grande valor, tanto

que o famoso literato Samuel Johnson se queixava que nunca se contentava

em esticar as suas pernas diante de uma lareira para conversar à vontade

parasse na rua para apertar a mão de uma multidão de crianças uma por uma é

revelador do seu amor para com os pequeninos.

Evidentemente, as crianças correspondiam, ao seu amor. Assistiam às

reuniões, que eram feitas principalmente para os adultos. Um dia Wesley ficou

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surpreendido por achar entre 50 e 60 crianças na reunião de 5 horas da

madrugada o número igual ou maior da noite “entre as mais amáveis que já

vi”. Porém, Wesley fazia reuniões especiais para as crianças, mesmo onde não

havia Escola Dominical, e insistia que os pregadores fizessem o mesmo.

Nas “Regras para um Ajudante”, como eram denominados os

pregadores leigos, achamos as seguintes regras:

1- Onde há 10 crianças numa sociedade, reúna-se com elas pelo menos

uma hora por semana;

2- Converse com elas cada vez que encontrar aqualquer uma delas em

casa;

3- Ore sinceramente por elas (Works VIII, 316).

Depois de reunir umas 60 crianças em Redruth, ele falou delas como a

esperança da geração que se levantava. Há anos atras, no mesmo local, ele

havia estado com as crianças e recordou no Diário: “Reuni as crianças, uma

obra que exercerá os talentos dos pregadores mais hábeis da Inglaterra”. É

provável que os pregadores concordassem com ele sobre a dificuldade da

obra, pois lemos de vez em quando algum pregador que abandona a prática e

advertência que recebe de Wesley.

Nunca foi uma virtude dos Wesley não meteram o nariz nos negócios

alheios. Há a famosa história de Samuel Wesley e o general de brigada. O

general estava sentado em uma mesa perto do Reverendo Samuel, usando

linguagem muito suja. O ministro chamou o garção, e, em voz bem audível,

para o beneficio do general, mandou que ele levasse um copo com água para o

general lavar a sua boca. Os companheiros seguraram o militar irado, que,

segundo a história, veio mais tarde a pedir desculpas! Uma das histórias a

respeito de João Wesley é a sua ação quanto a dois rapazes que brigavam.

Wesley parou a briga, e fez com que os dois comessem pão e bebessem chá na

mesma xícara, em sinal da sua amizade! Um dos meninos, mais tarde um

magistrado de Bershire, contou o fato.

Os irmãos Wesley usaram amplamente do canto em todas as fases do

seu trabalho. João se lembrava da idéia dos Moravianos que haviam

descoberto “que as verdades mais importantes são insinuadas às mentes” das

criancinhas por meio do canto. Carlos Wesley, que escreveu hinos sobre quase

qualquer assunto religioso imaginável, também escreveu hinos visando certos

grupos específicos. É natural que houvesse de preparar hinos especiais para as

crianças. Jackson assim descreveu seu hinário de cem hinos, intitulado Hinos

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para Crianças de Anos Mais Maduros: “Os hinos são plenos de instrução,

porém verdadeiramente devocionais no seu caráter... A linguagem é simples,

porém exata, pura e forte. Os tópicos que abarcam são as verdades e os fatos

do cristianismo, especialmente no que tange á religião pessoal. Naturalmente,

João Wesley fez com que os referidos hinos tivessem um lugar importante no

trabalho com as crianças.

Mas, não foi só a pena de Carlos que se empregou em prol das crianças.

João preparou, por exemplo, uma coleção de orações especialmente para as

crianças. O prefácio desta coleção de orações, uma para a manhã e a tarde de

cada dia da semana, é uma carta aberta, assim redigida.

“Minha querida criança, um admirador de tua alma escreveu algumas

orações, para ajudar-te naquele grande dever. Tem cuidado de não esquecer

pelo menos de manhã e de tarde, de apresentar-te de joelhos perante Deus.

Tens misericórdias para pedir, e bênção para agradecer. Porém, toma cuidado

que não zombes de Deus, aproximando-te com lábios, enquanto teu coração

está longe Dele. Deus te vê e conhece teus pensamentos; portanto, vê que não

só falas com, lábios, mas que ores com teu coração. E para não pedires em

vão, vê que abandones o pecado, e esforça-te para fazer o que Deus mostrou

que deves fazer; porque Deus diz: Pede, então, as bênçãos que precisas, emm

nome e por amor de Jesus Cristo; e Deus ouvirá e te responderá, e fará mais

por ti do que podes pedir ou pensar”.

Não citaremos as orações de cada dia porém queremos notar as orações

anexas, para antes e depois da refeição.

(Antes) “Ó Senhor, rogo-te, dá-me a tua bênção junto com o que

tua misericórdia aqui providenciou, para que, quer coma, quer beba, ou

qualquer coisa que faça, possa fazer tudo para tua honra e glória, por

Cristo Jesus meu Senhor”. Amém.

(Depois) “Ó Senhor, Deus meu, louvo teu Santo nome por tua

misericórdia, que acabo de receber da tua generosidade e bondade.

Alimenta-me agora por tua graça, para que o fazer tua vontade, me

torne comida e bebida, por Jesus Cristo, meu Salvador”. Amém

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